Estudo: 9 entre 10 pessoas escutam música em volume excessivo


Problema pode ser na vedação dos fones de ouvido que permitem a interferência de ruídos do ambiente. Foto: Getty Images
Problema pode ser na vedação dos fones de ouvido que permitem a interferência de ruídos do ambiente

Milhões de passageiros estão correndo risco de danos auditivos, por ouvir músicas em volume muito alto. Pesquisadores da Michigan University, nos EUA, descobriram que o ruído de MP3 players superou os produzidos por fábricas em relação ao perigo para a audição.
Especialistas em saúde ocupacional levantaram que nove em cada 10 pessoas que utilizam transporte público foram expostas a ruídos excessivos por ouvir música alta usando fones de ouvido. Isso acontece pois os fones baratos não tem a vedação adequada para bloquear o som ambiente, o que faz com que a pessoa aumente o volume do MP3 para cobrir outros ruídos.
O professor Rick Neitzel, co-autor do estudo, disse que duas em cada três pessoas obtêm a maioria da exposição ao ruído da música. "Eu sempre via o trabalho como um risco principal para a exposição", afirmou ele.
Os pesquisadores analisaram a exposição ao ruído entre 4.500 nova-iorquinos que utilizaram os transportes públicos e MP3 player. Eles descobriram que a média de Nova York é que os usuários passem cerca de 380 horas em ônibus e trens, expostos a níveis de ruído médio de 72-81 decibéis.
Para efeito de comparação, o nível da fala é de 60 decibéis, uma esquina movimentada é 80, uma serra circular é de 90, um bebê chorando 115. O limiar para a dor é de cerca de 125, e até mesmo uma breve exposição de uma só vez acima desse nível pode causar perda permanente da audição.

Comer peixe faz bem para o coração da mulher, diz estudo

O risco de mulheres em idade reprodutiva terem problemas cardíacos é muito menor naquelas que consomem peixe. Foto: Getty Images
O risco de mulheres em idade reprodutiva terem problemas cardíacos é muito menor naquelas que consomem peixe
O risco de mulheres em idade reprodutiva terem problemas cardíacos é muito menor naquelas que consomem peixe, especialmente se for rico em ômega 3, do que as comem pouco ou nenhum pescado.
A pesquisa dinamarquesa, publicada na revista da Associação Americana do Coração (American Heart Association), é o primeiro a analisar especificamente os benefícios do consumo de peixe na saúde cardíaca imediata das mulheres de 15 a 49 anos, ao invés do impacto em sua longevidade.
As mulheres "que consomem pouco peixe ou nenhum têm uma taxa de problemas cardiovasculares de 50% em oito anos em comparação com aquelas que o consomem regularmente", afirmaram os cientistas.
No geral, as mulheres que consomem pouco ou nenhum pescado têm um risco de desenvolver problemas cardíacos superior a 90% em comparação com aquelas que comem peixe semanalmente.
O estudo foi realizado com 49 mil mulheres com idade média de 30 anos, durante um período de oito anos.
"O maior desafio quando se quer passar estas mensagens de saúde pública às mais jovens é que, no geral, elas não recebem os benefícios (ds atitudes promovidas) antes de 30 ou 40 anos, mas o nosso estudo demonstra justamente que este não é o caso" e que se pode esperar benefícios a curto prazo, declarou Marin Strom, um dos autores do estudo.
A maioria das mulheres que consome pescado regularmente disse ingerir bacalhau, salmão, arenque ou cavala, todos peixes ricos em ômega 3, um ácido-graxo poliinsaturado, que se acredita que proteja contra problemas cardíacos ou vasculares.
"Para desfrutar os benefícios do consumo do pescado ou do óleo de pescado é necessário seguir as recomendações dietéticas que aconselhar o consumo do pescado como prato principal pelo menos duas vezes por semana", afirmou Strom.

Conheça mitos e verdades sobre as plantas medicinais

Tratamentos com plantas medicinais podem ter mesmo efeito dos com tratamentos convencionais. Foto: Getty Images
Tratamentos com plantas medicinais podem ter mesmo efeito dos com tratamentos convencionais

Há diversas maneiras para manter o corpo imune, curar alguma doença e até combater a insônia. Mas muita gente prefere recorrer às plantas medicinais do que aos medicamentos tradicionais.
Essas plantas são usadas por diferentes povos há anos e a ciência contemporânea passou a estudar os seus efeitos em laboratórios, fazendo testes em enzimas ou células animais.
Muitos desacreditam nos efeitos e segundo Fernando da Costa, professor de farmacognosia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, várias pessoas utilizam essas plantas baseadas apenas em indicações feitas por leigos. Por consequência, não chegam ao resultado desejado e, em alguns casos, sofrem efeitos colaterais.
Plantas medicinais, também chamadas de medicamentos fitoterápicos, passam pelos mesmos processos de desenvolvimento dos medicamentos químicos. "Há inúmeros estudos científicos que comprovam a eficácia delas no tratamento de enfermidades. Entretanto, há estudos que também comprovam que mesmo elas sendo eficazes, não são seguras", explica.
O pesquisador do Hebron, Jan Carlo Delorenzi, afirma que mais de 90% dos produtos no mercado farmacêutico teve sua origem em um produto natural. "O ácido acetil salicílico, usado clinicamente desde 1891, tem a sua origem no produto natural ácido salicílico, extraído de Salix alba, uma planta muito antiga."
De qualquer forma, os dois tipos de tratamentos medicinais andam lado a lado. As ervas são chamadas de tratamentos complementares ou tradicionais. No Brasil, por lei, os fitoterápicos são considerados medicamentos e pertencem à medicina convencional. "Todas as espécies consideradas medicinais possuem substâncias ativas que possuem os mesmos efeitos que aquelas presentes nos medicamentos industrializados. Portanto, podem aliviar sintomas ou curar enfermidades", explica Delorenzi.
Segundo o professor da Costa, a grande diferença entre as duas é que não existe controle da presença e da quantidade de princípios ativos nas ervas.
Cuidados na hora de usar
A idade, o peso e o metabolismo de cada usuário devem ser considerados antes do tratamento. Todas as plantas são potenciamnete tóxicas e venenosas. "Um problema bastante sério é a substituição de um tipo de planta por uma outra bastante similar, mas que possui componentes altamente tóxicos, podendo levar o usuário a quadros graves de intoxicação", explica da Costa.
Todo medicamente possui contra indicação. Um exemplo é a escopolamina usada pelas mulheres para combater cólicas menstruais. "É um alucinógeno fortíssimo. A concentração desta substância no medicamento que alivia cólicas é muito pequena, se comparada na encontrada na planta. Então, uma mesma planta que pode ser benéfica, também pode trazer malefícios", conta Delorenzi.
Apesar de serem "naturais", elas possuem substâncias que interferem quimicamente no organismo humano. Segundo o pesquisador, medicamentos feito com elas seguem o mesmo principio e rigor científico que os medicamentos químicos sintéticos. Essa afirmação quebra a regra criada por alguns adpetos ao tratamento fitoterápico, que dizem que as pessoas que evitam medicamentos convencionais têm uma maior expectativa de vida.
Recomenda-se que as pessoas interessadas no uso de plantas medicinais procurem profissionais da saúde, como médicos e farmacêuticos. "Uma outra alternativa segura é procurar utilizar medicamentos fitoterápicos registrados pela ANVISA, porém sempre com a indicação feita por médicos"

Pesquisa: corpo precisa de três dias por semana sem bebidas alcoólicas

Tomar uma taça de vinho diariamente não é recomendado. Foto: Getty Images
Tomar uma taça de vinho diariamente não é recomendado

As pesquisas e informações sobre a manutenção da boa saúde podem causar confusão e merecem atenção. A indicação para beber uma taça de vinho por dia é um dos exemplos. Segundo o Royal College of Physicians, na Inglaterra, é preciso ficar três dias por semana sem a ingestão de nenhuma substância alcoólica.
Médicos do instituto afirmam que a medida é importante para deixar o organismo se recuperar dos malefícios da bebida. O jejum alcoólico diminuiria o risco de doenças, principalmente as relacionadas ao fígado e à dependência.
Mas a boa notícia para os amantes de vinhos e companhia é que a restrição em relação aos dias da semana não diminui a quantidade máxima recomendada por semana. Para os homens, são indicadas no máximo 21 doses por semana e, para as mulheres, 14. A dose, segundo a Organização Mundial de Saúde, corresponde a 30g. Uma dose de bebida destilada, por exemplo, já fornece 25 g.

Café pode prevenir depressão em mulheres, diz estudo

Segundo o estudo, as mulheres que bebiam quatro ou mais xícaras por dia tinham 20% de chance a menos de ter depressão. Foto: Getty Images
Segundo o estudo, as mulheres que bebiam quatro ou mais xícaras por dia tinham 20% de chance a menos de ter depressão
Uma pesquisa indica que mulheres que bebem duas ou mais xícaras de café por dia são menos propensas a sofrer de depressão. Ainda que as razões desse efeito não estejam claras, os autores acreditam que a cafeína pode alterar a química do cérebro. O estudo mostrou ainda que café descafeinado não teria o mesmo efeito.

Os resultados da pesquisa foram divulgados na publicação especializada Archives of Internal Medicine e provêm de um estudo realizado entre mais de 50 mil enfermeiras. Uma equipe de especialistas do Harvard Medical School acompanhou a saúde do grupo de mulheres pesquisado ao longo de uma década, entre 1996 até 2006, e fez uso de questionários para registrar o consumo de café por parte delas.

Entre as pesquisadas, apenas 2,6 mil deram sinais de depressão ao longo deste período. E, destas, a maior parte consumia pouco café ou não tomava a bebida.

Comparadas com as mulheres que bebiam apenas um copo de café por semana ou até menos, aquelas que consumiam duas a três xícaras por dia tinham 15% a menos de chance de sofrer depressão. Aquelas que bebiam quatro ou mais xícaras por dia tinham 20% de chance a menos de ter depressão.
 
Suicídios

A pesquisa mostrou ainda que consumidoras regulares de café estavam mais propensas a fumar, beber álcool e menos envolvidas com atividades da Igreja ou grupos voluntários ou comunitários. Elas também estavam menos propensas a ficar acima do peso e a sofrer pressão alta ou diabetes.
Os cientistas afirmam que a pesquisa contribui para outros estudos que indicam que consumidores de café têm índices de suicídios mais baixos.
Os pesquisadores de Harvard acreditam que a cafeína seja o principal agente nesse processo, já que a substância é conhecida por sua capacidade de realçar sentimentos de bem estar e de energia. Mas ainda é preciso realizar mais pesquisas para verificar se a substância é útil para prevenir a depressão.
Uma outra possibilidade, dizem os pesquisadores, é que pessoas com propensão à depressão optem por não tomar café porque a bebida possui muita cafeína. Um dos sintomas mais comuns da depressão é perturbação do sono e a cafeína pode exacerbar essa condição, por ser um estimulante. O excesso de cafeína também é capaz de realçar sensações de ansiedade.

Transporte alternativo melhora a saúde e emagrece; confira

Ir ao trabalho, escola ou faculdade de bicicleta é uma excelente forma de se exercitar e manter a forma, de acordo com o educador físico Márcio Scomparim. A queima de calorias pode chegar de 600 a 800 calorias em 20 ou 50 minutos de pedaladas, dependendo da intensidade, disse ele. No entanto, o diretor da Evolubike ressaltou a importância de usar equipamentos de segurança e só dividir vias onde passam carros quando tiver habilidade com a bike  Foto: Getty Images
Ir ao trabalho, escola ou faculdade de bicicleta é uma excelente forma de se exercitar e manter a forma, de acordo com o educador físico Márcio Scomparim. "A queima de calorias pode chegar de 600 a 800 calorias em 20 ou 50 minutos de pedaladas, dependendo da intensidade", disse ele. No entanto, o diretor da Evolubike ressaltou a importância de usar equipamentos de segurança e só dividir vias onde passam carros quando tiver habilidade com a bike

Estudo mostra que cerveja hidrata igual à água após prática esportiva

Pesquisa diz que quantidade moderada de cerveja não prejudica a hidratação após o exercício. Foto: Getty Images
Pesquisa diz que quantidade moderada de cerveja "não prejudica a hidratação após o exercício"
Um estudo apresentado nesta terça-feira em Bruxelas comprova que o consumo moderado de cerveja após exercícios físicos é tão eficaz quanto a água para a hidratação, segundo especialistas médicos.

Esta é uma das conclusões apresentadas no "VI Simpósio Europeu de Cerveja e Saúde", onde participaram especialistas em medicina, nutrição e alimentação da União Europeia.

O pesquisador Manuel Castillo, da Universidade de Granada, expôs os resultados de um estudo que consistiu em medir a reação do corpo à ingestão de água ou cerveja após a realização de esforço físico intenso. "Realizamos o estudo para comprovar se o costume de tomar cerveja depois do exercício era recomendável", explicou Castillo.

A conclusão foi de que uma quantidade moderada de cerveja "não prejudica a hidratação após o exercício". Tomar cerveja seria "a mesma coisa que tomar água", por isso é recomendado o consumo da bebida fermentada a todas as pessoas que não tenham nenhuma contraindicação.

"Não foi encontrado nenhum efeito negativo que pudesse ser atribuído à ingestão de cerveja em comparação com a ingestão de água", disse Castillo, que também afirmou que durante as conferências será apresentado outro estudo que descarta que exista "qualquer relação" entre o consumo da bebida e a tendência a desenvolver "barriga de chopp".

O médico Ramón Estruch, do Hospital Clínico de Barcelona, afirmou que os resultados dos estudos mostram que o consumo moderado de cerveja "ajuda na prevenção de acidentes cardiovasculares, graças aos efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios das artérias".

Além disso, proporciona proteção contra fatores de risco cardiovascular, como diabetes, melhora a pressão arterial, regula o colesterol e previne a arterioesclerose, segundo a pesquisa.

Estruch informou que atualmente estão sendo feitas pesquisas para determinar se os benefícios da cerveja com álcool são maiores que os da cerveja "sem", embora haja indícios de que a primeira tem efeitos mais positivos.

De qualquer forma, Estruch ressaltou a importância de "consumir a cerveja dentro de um padrão de alimentação saudável, preferencialmente a dieta mediterrânea".

Maria Teresa Fernandez Aguilar, pesquisadora da Agência da Saúde de Valência, informou sobre os efeitos benéficos da cerveja sem álcool para as mães lactantes. Ela citou o estudo que demonstrou que crianças amamentadas por mães que consumiram duas cervejas sem álcool durante a lactação têm menos possibilidades padecer de doenças como câncer e arteriosclerose, devido à transmissão dos componentes antioxidantes de bebida.

"Os resultados nos surpreenderam", afirmou Maria Fernandez, acrescentando que a cerveja sem álcool seria mais recomendável que outras bebidas gasosas com base química.